Planejamento Estratégico, a criatividade e a necessidade de mudanças

Pensamentos que passam pela cabeça do empresário, atordoado com uma verdadeira avalanche de informações:

  • Se tudo está mudando o que devo fazer para sobreviver?
  • Se tudo está mudando não preciso planejar
  • O brasileiro não tem cultura de planejamento
  • As coisas nunca saem como planejadas
  • A maior dificuldade é que não tenho pessoas realmente competentes
  • Estou sozinho

Reengenharia, downsizing, rightsizing, qualidade total, crise, reformas do estado, informática, keizen, internet, concorrência, globalização – para onde o empresário se vira, só se fala em mudanças. Mudanças que vêm em quantidade e velocidade cada vez maiores.

O empresário, preocupado com a sobrevivência de sua empresa, fica a se perguntar: O que fazer? Como se comportar? Como vencer o imobilismo? Como vencer a síndrome da passividade? Como tornar a empresa inteligente e criativa? Naturalmente não existe receita de bolo, mas um planejamento estratégico envolvendo as pessoas pode ser um o início de uma nova forma de administrar.
Primeiro, gostaria de fazer uma revisão da nossa forma de gerenciar – desde pequenos fomos criados para sermos “estrelas” e para isso precisamos mostrar que pensamos mais rápido, que sabemos das coisas, que temos visão do futuro, enfim, todas estas características de sermos competitivos. O resultado desta formação na administração das empresas e que gastamos 10% do tempo decidindo e 90% ou empurrando as nossas idéias “goela a dentro” das pessoas, no modelo autoritário, ou tentando convencer as pessoas que nossas idéias são boas no modelo participativo. De uma forma ou de outra, ainda queremos que as pessoas se empolguem por idéias que não são suas e nas quais eles não tiveram nenhuma participação. Os americanos estão propondo um modelo diferente, que vem sendo estudado a mais de 50 anos na Universidade de New York em Buffalo, e há mais de 20 anos pelo Ilace (Instituto Latino Americano de Criatividade e Estratégica) aqui no Brasil – em vez de darmos as soluções porque não perguntamos ao grupo qual a solução? Por quê não deixamos a equipe se transformar em estrela? Se conseguirmos que o grupo encontre as respostas, não precisamos utilizar nenhum dos procedimentos supracitados – podemos, sim, assumir a postura do executivo moderno, que é de facilitação, e aproveitar pelo menos uma parte do potencial criativo das pessoas. Se analisarmos mais profundamente, veremos que a satisfação pessoal, que a principio era objetivo de tentar ser estrela, é ainda maior quando o grupo é feito “estrela”, pois as pessoas são gratas por estarem sendo ajudadas a crescer e a se desenvolver – quem nunca viu a vibração de um time de futebol, onde indiferentemente de quem fez o gol, todos vibram de coração – quem nunca viu o técnico ser carregado nas costas quando o time vence. Por quê não acabar com este modelo de administração de gerencia de crise: geramos uma crise e procuramos um padrasto/madrasta para resolve-la.

Exatamente por tudo está mudando é que precisamos ter um roteiro, um planejamento. E as grandes empresas multinacionais são multinacionais porque têm planejamento estratégico. Afinal, o que é planejamento estratégico? Talvez seja um nome complicado para algo simples – planejamento estratégico é levantar a posição atual (analisar o seu ramo de negocio, e o seu negocio), definir o objetivo (a situação onde se quer chegar no futuro), levantar os fatos, encontrar o maior obstáculo entre o desafio e o objetivo, buscar idéias de como remover o obstáculo e montar o plano de ação com responsáveis, indicadores (“fita métrica” dos resultados) e prazos em outras palavras é fazer escolhas e alocar os recursos da organização de acordo com essas escolhas. Tudo isso feito com a participação das pessoas, que devem ser treinadas, motivadas para a ação e estimuladas para acreditarem em si para poderem agir.

A resposta está nas pessoas e aí voltamos ao ponto de partida, de tornarmos as pessoas e conseqüentemente a equipe “estrela”, fazendo desabrochar a criatividade, deixando de lado a vaidade pessoal e as briguinhas que tanto atormentam as empresas.

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