Planejamento Estratégico e o início das novas administrações municipais.

Os prefeitos se encontram frente a diversos desafios, tais como:

  1. motivar os funcionários públicos que estão muitas vezes sequelados por desmandos administrativos, perseguições, falta de critérios consistentes nos processos decisórios, descontinuidades administrativas e outras mazelas ainda, infelizmente, comuns no serviço público;
  2. formar equipe;
  3. “tomar pé” da situação da prefeitura;
  4. causar aquela primeira boa impressão que estabelece a nova forma de trabalho e que gera apoio da população segundo o ditado “um bom começo é meio caminho andado”;
  5. se controlar para não iniciar diversas ações que não têm sinergia entre si;
  6. priorizar para não correr o risco de desperdiçar recursos por falta de foco;
  7. relevar uma série de emoções (mágoas, ressentimentos, às vezes até raiva) advindas da disputa eleitoral pensando no bem maior da comunidade;
  8. criar parcerias em todos os âmbitos, local, regional, estadual e federal;
  9. administrar o primeiro ano com um orçamento feito pelo outro prefeito;
  10. criar o novo plano plurianual;
  11. as vezes, lidar com herança verdadeiramente malditas quando o prefeito atualmente no cargo não fez uma boa gestão e, pior ainda, quando não conseguiu fazer o sucessor e com raiva faz toda espécie de desmandos (até mandar apagar os dados de todos os computadores da prefeitura e das secretarias).

entre outros, para construir ou reconstruir as cidades.
O Planejamento Estratégico, que na sua essência consiste em definir aonde se quer chegar (desenvolvimento sustentável da cidade, acabar com o desemprego, se tornar o centro turístico, etc), diagnosticar onde se está e como chegar lá, é uma ferramenta poderosa se feito com a participação não só dos gestores, mas também de quem vai executá-lo e do cidadão que em última instância é para quem deve estar voltado o objetivo da administração municipal; buscando soluções; montando um plano de ação compartilhado, com indicadores, prazos e responsáveis pelas ações; e com o acompanhamento diuturno do gestor maior.
Esta ferramenta pode em muito ajudar essa nova leva de gestores públicos que querem fazer diferença, que sabem que sem equipe se consegue muito pouco, que as pessoas se mobilizam muito mais por aquilo que elas ajudaram a criar, que administração não é sinônimo de amadorismo e improvisação, que o papel do líder é de educar, principalmente pelo seu exemplo, de negociar, de comunicar, de articular e facilitar processos.
Municípios de todos os portes, no mundo inteiro, estão usando o Planejamento Estratégico e o exemplo mais conhecido é o da cidade de Barcelona que conseguiu dar um salto no seu desenvolvimento após a realização e a implantação do seu. No Brasil diversos Municípios estão fazendo o seu Planejamento Estratégico com bastante sucesso.
Precisamos juntar energias para melhorar nosso país e os municípios têm papel relevante neste contexto e como qualquer organização moderna que busca uma maximização dos resultados através de uma otimização de seus recursos, sejam humanos, sejam financeiros, sejam de infra-estrutura, precisam se planejar estrategicamente.

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