O Planejamento Estratégico Pessoal

As organizações fazem seus Planejamentos Estratégicos buscando traçar objetivos que possam levá-las a ter uma vantagem competitiva, a ampliar seu mercado, a conquistar novos mercados e desenhar mapas de como chegar lá. Neste contexto a criatividade desempenha um papel importantíssimo no sentido de ver o “velho” com “olhos novos” ou ver o realmente novo. O Instituto Latino-americano de Criatividade e Estratégia cunhou o termo “criatégia” como sendo a combinação de criatividade com estratégia que na realidade são quase sinônimos no contexto de um mundo que muda numa velocidade alucinante onde não é mais possível se fazer uma projeção do futuro por uma mera extrapolação do passado. A criatividade de perceber as necessidades do cliente, da sociedade e da organização, a criatividade no aproveitamento dos recursos e das pessoas, a criatividade na logística, na distribuição, na abordagem do cliente, só para mencionar umas poucas áreas pois a criatividade é indispensável em todas as áreas da organização.

Falando em criatividade não podemos deixar de falar em inovação que é o agir sobre o que foi criado, que é o fazer acontecer. Muitas organizações têm estratégias mas carecem de ação, do transformar as idéias em coisas concretas, do sair do planejamento para o “fazejamento”, da iniciativa para “acabativa”.

Temos vivenciado com freqüência a organização querer se planejar estrategicamente e os próprios gestores maiores não terem seus “nortes” definidos, não terem um plano de ação traçado, não terem a disciplina do por em pratica o que querem. Surge, então, as agendas ocultas e as brigas pelo poder ou as frustrações por cada um ter sonhos de tamanhos diferentes e não alinhados que tanto geram danos as mais diversas organizações sejam públicas, sejam privadas. Temos vivenciado pessoas altamente inteligentes, qualificadas, talentosas e experientes que ficam paralisadas pelo excesso de opções. Entramos freqüentemente na zona de conforto e muitas vezes passamos a usar mais tempo e mais da nossa inteligência para justificar nossas omissões e submissões.

O que fazer? Que tal pararmos para definirmos o que realmente queremos lá no fundo do coração em oposição àqueles que querem o que não precisam, pagando um preço às vezes altíssimo, para impressionar quem não gostam (não estou falando aqui de coisas materiais)? Que tal fazermos um inventario dos recursos que dispomos? Que tal levantarmos os obstáculos que nos impedem de chegar aos nossos objetivos usando a mentalidade rica (mentalidade rica é formular os problemas na interrogativa, pois assim direcionamos nossas cabeças para soluções –na forma “De que maneiras nós podemos … ? ”)? Fazermos tudo isso pensando, primeiramente sem julgamentos, fazendo conexões, brincando com as idéias, até com as aparentemente impossíveis, ousando pensar até o impensável e depois, com um julgamento afirmativo, que é ver o “copo meio cheio” antes de pensar em como encher a metade “meio vazia” fazermos as escolhas que acreditamos serem viáveis. Por fim, que tal pormos em ação as soluções encontradas com a disciplina de quem é discípulo de si mesmo e está fazendo jus ao mais precioso bem que temos : a própria vida ? Isto que acabamos de descrever é fazer um planejamento estratégico pessoal.

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